Projeto









Ola, colegas.
Aqui postarei meu ROTEIRO, e durante a semana que segue o projeto em si.
Logo abaixo,fotos da escola onde será aplicado.
Abraços!
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Título e tutoria

“Por que adequar o ensino da arte para salas regulares com alunos surdos no Ensino Fundamental I e II?”

Tutor a distancia:

José Alves Mais Teixeira Neto

Tutor presencial

Werner José Krapf


Apresentação
Especificamente no caso de alunos com surdez matriculados no Ensino Fundamental I e II, esbarramos no problema da comunicação. O canal de comunicação da pessoa surda é visual. Há hoje uma grande resistência por parte de muitos profissionais de encararem a necessidade de adaptações pedagógicas para atender também as necessidades de alunos com essa deficiência que frequentam as salas de aula regulares. Conhecer quem são essas pessoas surdas, quais as suas dificuldades e habilidades, bem como sua própria cultura, por meio de questões sociológicas deve abrir caminhos que viabilizem trabalhos que atendam as necessidades de ouvintes e surdos na sala de aula.
Motivação

Trabalhando com comunidades surdas desde 1992, tenho acompanhado durante esses anos o processo histórico de lutas desse grupo principalmente na área de educação: para ter acesso igual a qualquer outra criança, e com foco na aprendizagem do conteúdo por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais), e na aprendizagem da Língua Portuguesa como segunda língua. Por já atuar em sala de aula, como Intérprete Educacional, como professora da disciplina de Arte e também como professora ‘substituta’ de outras disciplinas em uma escola com 6 alunos surdos, assisto todos os dias às dificuldades enfrentadas pelos demais professores que não tem conhecimento da língua de sinais , e das possibilidades pedagógicas para tais salas de aula. A questão do aluno surdo em sala de aula é importante, pois na maioria dos casos o aluno não tem mais nenhum comprometimento. São alunos extremamente atentos a detalhes, e quando tem acesso a informação da maneira correta, se destacam entre os melhores da sala. Tem uma forma própria de enxergar o mundo, e de assimilar as informações, muitas vezes por meio da experiência e só por meio dela. Questões sociais estão envolvidas intimamente, e crescem com esses alunos: aceitação da deficiência por parte da família, da sociedade, dele próprio; contato apenas com ouvintes e sua cultura, ou desde pequenos com os seus pares formam a criança, e como qualquer outra criança, crescem podendo ou não dar-se conta de sua identidade. O papel do educador com conhecimento de causa é essencial em todos os casos, e, como escolhido por mim, especialmente neste.
Objetivo

Pretendo com esse projeto acrescentar conhecimentos relevantes de forma a ser possível trabalhar com confiança com alunos incluídos, e, da forma mais “igual” possível, sabendo que a inclusão deve ser pensada ‘para todos’. Pretendo esclarecer que o foco não é criar uma aula especifica para um aluno surdo, mas para salas de aula inteiras que tenham alunos surdos incluídos, de forma que todos possam participar juntos das atividades.
Público Alvo

A pesquisa e projeto se dirigem a docentes de Arte e equipes gestoras. Pode representar uma grande mudança na forma de ‘enxergar’ os alunos surdos, respeitá-los enquanto indivíduos que tem uma identidade, uma cultura que deve ser valorizada, e que acrescenta a sala de aula um toque especial quanto a diversidade.
Metodologia

O primeiro momento será o de coleta e organização de material pertinente a minha pesquisa. Isso deve incluir pesquisa em artigos acadêmicos e pesquisa de campo, além de entrevistas com professores, intérpretes de Libras. Equipes gestoras e alunos ouvintes e surdos. Também devo coletar material fotográfico, e farei filmagem da interação entre equipe educacional e alunos no convívio em sala de aula durante as aulas de artes. Após a coleta de dados, as informações serão filtradas, estudadas, e pretendo incluir sugestões de planos de aula que contemplem todos os alunos da sala, dentro de suas capacidades e habilidades. Finalmente a pesquisa será disponibilizada em forma de trabalho acadêmico.


Instrumentos, materiais e técnicas a serem utilizadas

Internet, softwares relacionados ao tema, livros de Sociologia, Arte e Educação, e Educação de Surdos; maquina fotográfica e filmadora; utilizarei muito coleta de imagens fotográficas


Referências
Sociologia:
FRANCASTEL, Pierre. A Imagem, a Visão e a Imaginação – (estou a procura desse exemplar)

Arte
BARBOSA, Ana Mae. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998

LIMA, Sonia Albano. A perspectiva de ensino artistico projetada por H.Gardner e os parâmetros curriculares nacionais – PCNs (ARTE) do ensino fundamental, Vol. 8, nº 2, 2008

Educação de Surdos
G. PERLIN. Historias de vida surda: Identidades em questão. Porto Alegre: UFRGS, 1998 Dissertação(mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1998

MARQUES, Carla Veronica Machado. Visualidade e Surdez – a revelação do pensamento plastica. Revista Espaço nº 12 INES/MEC, 1999, em www.abrapabr.org.br/

PERLIN,G.& STROBEL, K. – Fundamentos da Educação dos Surdos, artigo, Florianopolis, 2006







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