Artistas Surdos

CIA ARTE E SILENCIO

Sueli Ramalho Segala - atriz
Filha de pais surdos,o pai também ator e professor de natação Antonio Segala, iniciou a carreira artística junto com pai quando criança, teve aulas de teatro no clube de onde o pai trabalhava na Hebraica, iniciou o trabalho com crianças surdas ainda jovem , montando peças teatrais nas escolas especiais de surdos, até os dias de hoje.
Fundou junto com o irmão o ator Rimar Romano, em 2003 a Cia. Arte & Silêncio.
Foi nesta companhia, da qual participa até hoje como atriz, clown, que criou o espetáculo Orelha, abordando a inclusão social de surdos, a cultura surda e Libras. Orelha continua a ser apresentado até hoje em escolas, praças, teatros, seminários e congressos, entre outros espaços.
Em 2004, fez curso de clown, no Espaço Folias D´Arte, com Beth Dorgam.
Com a Cia. Arte & Silêncio, criou o espetáculo Os palhaços na escola, que aborda a questão da surdez, cultura surda e Libras dentro da sala de aula. A peça tem sido apresentada em diversos escolas, sensibilizando alunos, pais, professores e funcionários sobre a inclusão. Criou também o espetáculo Os Palhaços no RH, que tem sido apresentado em empresas para sensibilizar empresários e funcionários.
Apresentou uma peça de teatro. Narrativa em Libras e Expressão Corporal noTeatro Arena em São Paulo.
Foi entrevistada na Rádio Eldorado no programa São Paulo de todos os Tempos em 2005.
Foi entrevistada na Rádio Metodista da própria Faculdade Metodista em 2006.
Foi entrevistada por Jô Soares, no programa do Jô, da Globo, falou sobre a Língua de sinais e a importância dos surdos terem acesso ao teatro adaptado, no dia 20 de junho de 2007
Também foi entrevistada por Britto Junior, ao lado de Rimar Romano, no programa Entrevista Imprevista, da Record News. Falou da importância do mundo sonoro inacessível para os surdos.

Outros trabalhos:
- Instrutora de Teatro para Professores, Pais, e Alunos das Escolas de Educação Especial e Escolas Inclusivas. (Desde 1996; tais como E.M.E.E.-Anne Sullivan São Paulo e São Caetano; Olga Benário Prestes – Diadema; Hellen Keller- São Paulo; Neusa Basseto- São Paulo e São Bernardo do Campo; José Marques Resende – Osasco; )
- Atuação nas Cia. Argonautas de teatro e Cia. Arte e Silêncio.
- Especialista em Língua de sinais.
- Instrutora de Língua de Sinais aos profissionais na área de Teatro, Educação, Saúde.
- Assistência e instrução de Língua de Sinais às Empresas com empregados surdos
- Co-autora da revista “Língua de Sinais” A Imagem do Pensamento
- Intérprete nos congressos tanto educacionais, políticas e outros eventos sociais.
- Acompanhamento aos profissionais das áreas( fonoaudiologias ,terapias...)
- Tradução na área nos Fóruns, Hospitais, Assistências Sociais, Delegacias, e outras repartições tanto públicas como particulares.
- Consultoria em ONG’s: Instituto Paradigma, Mais Diferenças, 3In e outros
- Coordenação de Inclusão e Acessibilidade (Uni-Sant’Anna)
- Supervisora de Interpretes de Língua de Sinais (Uni-Sant’Anna)
- Palestrante de Sensibilização sobre Inclusão desde 1990
- A experiência sobre a interpretação, instrução e atuação já vêm desde berço, pois todos os familiares são portadores de defic. Auditiva.


Rimar Romano - ator
Filho do ator surdo Antonio Segala, Rimar Romano iniciou sua carreira ainda criança. Em 1992, ingressou no curso de teatro no Instituto Santa Teresinha, em São Paulo, ficando até 1998, quando se formou. No Instituto, trabalhou intensamente nas produções Hallowen e Drama em Histórias Bíblicas, com direção de Regina Botta, entre outros trabalhos.
Entre 2003 e 2004, Rimar atuou intensamente em filmes publicitários e institucionais, destinados a surdos e ouvintes, entre eles um comercial da Vivo, e participou do curta-metragem Sinais de Sonho, dirigido por Billy Castilho.
Em 2003, fundou a Companhia Arte & Silêncio, junto com sua irmã Sueli Ramalho, também surda. Foi nesta companhia, da qual participa até hoje como ator, clown e mímico, que criou o espetáculo Orelha, abordando a inclusão social de surdos, a cultura surda e Libras. Orelha continua a ser apresentado até hoje em escolas, praças, teatros, seminários e congressos, entre outros espaços.
Em 2004, fez curso de clown, no Espaço Folias D´Arte, com Beth Dorgam.
Em 2005, Rimar fez curso de pantomima com Luciano Fraga. Junto com Luciano, criou o espetáculo de mímica Manu Narrare, que apresenta até hoje.
Com Victor de Seixas, fez curso de Mímica Corporal Dramática, em 2006, mesmo ano em que criou o espetáculo de rua Mil em Um.
Em 2007, Rimar participou do curso Mimo Corpóreo, com Leela Alaniz, no SESC Consolação.

Com a Cia Arte & Silêncio, criou o espetáculo Os palhaços na escola, que aborda a questão da surdez, cultura surda e Libras dentro da sala de aula. A peça tem sido apresentada em diversos escolas, sensibilizando alunos, pais, professores e funcionários sobre a inclusão. Criou também o espetáculo Os Palhaços no RH, que tem sido apresentado em empresas para sensibilizar empresários e funcionários.
Rimar participou, junto da Cia.2Nós, do projeto Diálogo Físico - A Criação Teatral pela Comunidade Surda e Ouvinte, dentro do VAI (programa de Valorização às Iniciativas Culturais). Neste projeto, ensinou dramaturgia para alunos surdos na EMME Madre Lucie Bray.
Criou o espetáculo infantil O Coelho que Pensa Pedro, com a Cia2Nós, dirigido por Victor de Seixas e apresentado no Centro Cultural São Paulo, em comemoração ao dia das crianças, em escolas regulares, especiais e inclusivas.
Rimar fez de vinheta de classificação de faixa etária em Libras para a TV Ideal, da Editora Abril.
Foi entrevistado por Britto Junior, ao lado de Sueli Ramalho, no programa Entrevista Imprevista, da Record News. Falou de seu trabalho como ator e apresentou no programa uma adaptação de poesia visual que criou do Hino Nacional. Mestre em Estudos da Tradução / USP

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MARCOS ANTONY, arquiteto, artista plástico

“Marcos Anthony nasceu na cidade de Timóteo-MG. Quis a vida que ele crescesse no mais absoluto silêncio para que pudesse ouvir a voz do artista, que, latente, permanecia adormecida no seu interior. Esta voz começou a sussurrar-lhe sutilmente aos sete anos de idade, sua forma de ver a vida expressava-se através de traços seguros e da harmonia das cores dos primeiros desenhos, nas primeiras pinceladas. Aos nove anos, expunha suas telas no palácio das artes de Belo Horizonte, na Galeria Arlinda Corrêa, juntamente com pintores adultos. O evento marcou sua entrada oficial no transcendente mundo reservado aos portadores de talento. Daí para exposições de projeção nacional e externa foi apenas um passo.
Logrou aprovação no vestibular da PUC-MG, onde formou-se primeiro arquiteto surdo do estado de Minas Gerais e um dos primeiros do Brasil. Ali, sua visão de beleza e harmonia das formas dilatou-se sobremaneira, com apurado sentido de plasticidade. No ambiente acadêmico, sentiu-se definitivamente liberto do quadro de exclusão, dando mostras à sociedade de que é possível romper amarras e desenvolver genialidades. À mercê de sua acurada sensibilidade, vem ofertando ao público trabalhos (óleo sobre tela) de técnica e beleza reconhecida dentro e fora do país. Participou de exposições em Timóteo-MG, sua cidade natal, em Belo Horizonte, São Paulo e exterior. Seus trabalhos tiveram reconhecimento internacional.”


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Obras de artista surdo em exposição

Acervo do artista Nilson José Figueiredo pode ser conferido na Casa da Cultura de Içara.
Durante esta semana a Casa da Cultura Padre Bernardo Junkes, em Içara, recebe uma exposição especial. Dez quadros com temas sacros e de natureza morta compõem o acervo.
As telas foram pintadas ao longo de anos pelas mãos do artista Nilson José Figueiredo, mais conhecido como Mudinho. Surdo-mudo desde o primeiro ano de vida devido a uma meningite, Nilson encontrou nas tintas e pincéis uma forma de expressão.
Hoje, aos 64 anos, o artista apresenta seus trabalhos realizados com diferentes técnicas: acrílico sobre eucatex, óleo sobre tela, óleo sobre jeans e, até mesmo, tinta de tecido sobre carpete.
Segundo a coordenadora de Museus, Sanete Monteiro, as obras têm recebido bastante visitação. “A comunidade vem visitar e fica impressionada. Ele é um artista autodidata, da nossa região, que faz um belíssimo trabalho. Já temos até algumas obras vendidas”, destaca.
Nilson também é o artista responsável pela restauração da pintura da Casa da Cultura, em 1986. A exposição fica aberta ao público durante as próximas semanas.

¹Karol Carvalho é acadêmica de Jornalismo Satc e atua na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Içara.

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